A construção histórica de resistências e a subjetividade da engenheira

Luisa Pereira Manske, Maria Sara de Lima Dias

Resumo


A peculiaridade da vida das engenheiras demonstra dificuldades associadas à construção social de gênero e a profissão no contexto brasileiro. Objetivou-se fazer um levantamento histórico da presença das mulheres nos campos educacional e profissional das engenharias, de forma a compreender os sentidos subjetivos que impactam na carreira das engenheiras hoje. A pesquisa é bibliográfica e fundamentada no Materialismo Histórico-dialético, na Teoria Histórico Cultural e no campo Ciência Tecnologia e Sociedade. As mulheres são, a um só tempo, profissionais assujeitadas e produtoras de uma sociedade fundada no apelo ao progresso pelo uso da tecnologia. Observou-se uma construção social e histórica masculinizada da área, na qual se constata a permanência das dificuldades de inserção na profissão. Estas dificuldades são agravadas pelas precarizações das condições estruturais do trabalho no capitalismo contemporâneo, que aprofunda desigualdades e mazelas sociais com efeitos subjetivos. Desta forma, a memória histórica da carreira da mulher na engenharia pressupõe a necessidade de lutar por igualdade de condições e de gerar espaços democráticos de formação e trabalho que possam proporcionar mais justiça social ao gênero.


Palavras-chave


Engenheiras; Divisão sexual do trabalho; Subjetividade; Gênero.

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DOI: 10.3895/cgt.v14n44.12106

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