“Toda bicha tem highlight”: representações queer no seriado Super Drags

Gabriel Marchetto, Jaqueline Angelo dos Santos Denardin

Resumo


Temáticas como identidades queer, sexualidades e gênero, por exemplo, são assuntos tabus na sociedade brasileira, principalmente em decorrência do caráter conservador neoliberal do cenário político, social e econômico do Brasil atualmente. Isto posto, este trabalho é motivado pela criação e exibição do seriado Super Drags em tempos de conservadorismo tão acentuado. Esta pesquisa objetiva a investigação das representações queer no primeiro episódio do seriado. Este estudo qualitativo interpretativista (ERICKSON, 1990; MOITA LOPES, 1994) se insere no âmbito da linguística aplicada indisciplinar (MOITA LOPES, 2006) ao utilizar arcabouço teórico transdisciplinar das Teorias Queer e dos Estudos de Gênero (BUTLER, 1990; SALIH, 2002; MISKOLCI, 2012). Para a proposta interpretativista, a linguagem é o fator determinante para a compreensão do fato social e das várias subjetividades dos sujeitos pesquisados. A proposta queer de pensamento visa o questionamento das categorizações binárias em busca da transformação social. Os estudos de gênero advogam que o sexo biológico não define o gênero dos sujeitos, pois o gênero se constitui socialmente de forma reiterativa e abarca diversas significações e corporeidades. Portanto, as personagens da série, carregadas e empoderadas pela energia do highlight, parodiam, criticam, exageram, recriam e fantasiam o gênero ao questionar padrões binários e forças autoritárias preconceituosas.


Palavras-chave


Gênero; Representação; Teorias Queer; Super Drags.

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DOI: 10.3895/cgt.v14n44.11613

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