Página | 26
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 3, p. 26-42, set./dez. 2018.
http://periodicos.utfpr.edu.br/actio
Estratégia didática: utilizando a modelagem
para facilitar o ensino e aprendizagem da
temática terra e universo
RESUMO
Nilgleice Leal Amador
nilgleicemarajo@yahoo.com.br
https://orcid.org/0000-0001-6219-6713
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Salvaterra, Pará, Brasil
Rosilene de Jesus Trindade
trindaderosilene@gmail.com
https://orcid.org/0000-0001-5098-1263
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Salvaterra, Pará, Brasil
Paulo Weslem Portal Gomes
weslemuepa@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0001-6425-6388
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Belém, Pará, Brasil
Eduardo Zaragoza Ramos
Eduardo.zramos@academicos.udg.mx
https://orcid.org/0000-0002-9112-9007
Universidad de Guadalajara, Atotonilco el
Alto, Jalisco, Mexico
Ronilson Freitas de Souza
ronilson@uepa.br
https://orcid.org/0000-0002-0463-8584
Universidade do Estado do Pará (UEPA),
Salvaterra, Pará, Brasil
Neste estudo buscou-se avaliar o impacto de uma atividade integradora, utilizando a
modelagem no Ensino de Ciências para aprendizagem da unidade temática Terra e
Universo. A pesquisa constitui-se uma intervenção pedagógica e foi realizada com alunos
do 5° ano da rede pública municipal de Salvaterra-PA, onde eles participaram de uma aula
utilizando a modelagem como estratégia didática. Para a coleta de dados utilizou-se a
observação participante e um teste aplicado ao final da intervenção. Como efeito desta
atividade, notou-se a criatividade, imaginação, entusiasmo, participação em grupo e
interações ativas dos alunos durante a confecção dos modelos para representar o tema em
questão; também foi observada a adequada internalização dos conteúdos, expressa pelos
resultados do teste que mostraram percentual de desempenho superior a 80% de acertos
das questões propostas. Com isso, destaca-se que esta intervenção ofereceu oportunidades
para os estudantes se envolverem na aula e propiciou a assimilação dos conceitos
estudados, melhorando o processo de ensino-aprendizagem da turma e proporcionando
uma educação mais atrativa e eficiente.
PALAVRAS-CHAVE: Processo de ensino-aprendizagem. Terra e Universo. Aprendizagem por
Modelagem. Ensino de Ciências.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
INTRODUÇÃO
A Educação Básica (EB) no Brasil está passando por uma mudança na estrutura
do sistema de ensino, a qual determina que terá uma parte comum e obrigatória
a todas as escolas e que a outra parte será flexível, conforme a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018). Diante disso, pretende-se que os
conteúdos ensinados estejam mais próximos da realidade dos estudantes, perante
as novas demandas profissionais do mercado de trabalho, permitindo que os
estudantes sigam o caminho de suas vocações e sonhos, seja para prosseguirem
os estudos no vel superior, seja para entrarem no mundo do trabalho (BRASIL,
2017). Para isso, é necessário que o educador desenvolva novas estratégias de
ensino dentro do contexto educacional dos estudantes.
Neste sentido, a BNCC (BRASIL, 2018) relata que:
Não basta que os conhecimentos científicos sejam apresentados aos alunos.
É preciso oferecer oportunidades para que eles, de fato, envolvam-se em
processos de aprendizagem nos quais possam vivenciar momentos de
investigação que lhes possibilitem exercitar e ampliar sua curiosidade,
aperfeiçoar sua capacidade de observação, de raciocínio lógico e de criação,
desenvolver posturas mais colaborativas e sistematizar suas primeiras
explicações sobre o mundo natural e tecnológico, e sobre seu corpo, sua
saúde e seu bem-estar (BRASIL, 2018, p. 329).
No entanto, é fundamental que professor e aluno tenham uma boa relação
para o esclarecimento de dúvidas e melhor compreensão dos conteúdos, caso
contrário, poderá ter uma aprendizagem mecânica do conhecimento, a qual
deveria ser relacionada aos conhecimentos prévios do discente (ZAPATEIRO et al.,
2017).
De acordo com a BNCC em relação à área de conhecimento Ciências da
Natureza (CN):
Ao iniciar o Ensino Fundamental, os alunos possuem vivências, saberes,
interesses e curiosidades sobre o mundo natural e tecnológico que devem ser
valorizados e mobilizados. Esse deve ser o ponto de partida de atividades que
assegurem a eles construir conhecimentos sistematizados de Ciências,
oferecendo-lhes elementos para que compreendam desde fenômenos de seu
ambiente imediato até temáticas mais amplas (BRASIL, 2018, p. 329).
Por isso, esta área do conhecimento constitui-se de extrema importância para
a aprendizagem e formação cidadã dos estudantes para atuarem na sociedade
utilizando conhecimentos científicos em suas escolhas (SEMENSATE; CEDRAN,
2017).
Para tanto, a necessidade de os professores proporem novas alternativas
didáticas para atrair o interesse dos educandos e buscarem contextualizar o ensino
com as problemáticas locais. Neste sentido, Costa e Batista (2017) ressaltam a
importância do uso de recursos didáticos para compreensão dos conteúdos das
ciências.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
As novas propostas metodológicas para o ensino de Ciências da Natureza
O relatório da Fundação Abrinq (2017) mostra dados sobre o indicador “taxa
de abandono nos anos iniciais e finais do ensino fundamental”, por meio do
Observatório da criança e adolescente, em que o estado do Pará, em 2016,
apresentou taxa média de abandono escolar nos anos iniciais do Ensino
Fundamental (EF) de 2,7%, contra uma taxa nacional média de 0,9%. O município
de Salvaterra apresentou dia de 2,6% (Quadro 1).
Quadro 1 - Taxa de abandono nos anos iniciais do ensino fundamental
Localidade
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Brasil
3,2
2,9
2,3
1,8
1,6
1,4
1,2
1,1
1
0,9
Norte
6,6
6
4,9
4,1
3,3
3
2,6
2,4
2,3
2,1
Pará
8,4
7,7
6,2
5
4,1
3,5
3,2
2,9
2,8
2,7
Salvaterra
4,4
6,9
5
7,1
7,5
5
5
3,4
2,8
2,6
Fonte: adaptado de Fundação Abrinq (2017).
No Quadro 2 são mostradas as taxas de reprovação nos anos iniciais do EF, o
município de Salvaterra possui 12,5% dos seus alunos matriculados reprovados,
contra uma taxa nacional de 5,9%.
Quadro 2 - Taxa de reprovação nos anos iniciais do ensino fundamental
Localidade
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Brasil
11
10,1
9,2
8,3
7,2
6,9
6,1
6,2
5,8
5,9
Norte
17,3
78
14,1
11,4
9,7
9,8
8,8
8,9
8,8
9,2
Pará
10,5
19,9
16
11,6
9,6
10,5
10,5
10,9
11,1
11,2
Salvaterra
23,6
23,8
19
11,5
16,3
15,3
10
12,4
9,2
12,5
Fonte: adaptado de Fundação Abrinq (2017).
Um dos fatores que contribuem para estes resultados negativos é a falta de
motivação dos discentes, aliada à ausência da formação continuada adequada aos
professores, para proporem novos métodos de ensino, bem como recursos e
estratégias didáticas que possam dar mais significado aos conteúdos aplicados na
vida dos alunos.
As novas estratégias metodológicas para o Ensino de Ciências proporcionam
ao educando a oportunidade de desfrutar de uma nova vivência dentro e fora da
sala de aula. Considerando que o uso das práticas lúdicas, experimentação e outros
recursos didáticos propiciam uma clara relação entre o teórico e o real, permitindo
uma melhor percepção e compreensão dos conteúdos estudados (DUSO, 2012).
No processo de ensino-aprendizagem, o aluno não deve exercer sua função
como sendo um agente passivo, com o simples papel de anotar, memorizar e
reproduzir ensinamentos sem questioná-los. Da mesma forma, o professor não
pode ser apenas um transmissor de conteúdo, exigindo somente aquilo que
compreende o superficial do assunto ministrado (BELOTTI; FARIA, 2010), portanto,
é fundamental que o professor utilize os recursos didáticos como estratégias para
despertar o interesse pelas disciplinas ministradas, em especial as ciências
naturais, em que a participação ativa nas atividades promova o melhor
aprendizado dos alunos em relação aos conteúdos ministrados em sala de aula
(GOMES et al., 2016).
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
As estratégias de ensino adotadas pelo professor devem ser embasadas em
uma série de procedimentos, previamente elaborados e na construção de
hipóteses e investigações, associadas à criatividade e à lógica, culminando em algo
que satisfaça o interesse do aluno pelo assunto ministrado e, assim, possibilitando
compreender os fenômenos estudados a partir dos recursos didáticos
(GUIMARÃES; BORUCHOVITCH, 2004).
Um caminho que pode ser seguido é o uso da modelagem, permitindo que os
estudantes construam a própria aprendizagem, dentro dos seus limites, de suas
possibilidades e do seu conhecimento (RAMOS; SANTOS; LABURÚ, 2017),
tornando o aluno mais participativo e com maior interesse em aprender os
conteúdos, assim podendo desenvolver conceitos mais coerentes e críticos a
respeito da Ciência (GOMES et al., 2016). Esta estratégia pode ser utilizada em
várias unidades temáticas, priorizando a aprendizagem do indivíduo e
possibilitando a aproximação dos alunos ao conhecimento científico, ao construir
uma relação de simbolização entre o estudante e os objetos de conhecimentos,
tornando o processo educativo mais interessante, motivador, interdisciplinar e
contextualizado ao cotidiano do aprendiz, visando atingir as competências e
habilidades exigidas na BNCC e Diretrizes Nacionais para a Educação Básica
(BRASIL, 2013).
No Ensino de Ciências, a modelagem é uma das ferramentas didáticas mais
importantes para a aprendizagem (DUSO et al., 2013). Ainda que os modelos sejam
uma representação parcial e abstrata da realidade, quando se preserva sua
estrutura conceitual, estes alcançam a proximidade com a realidade (SILVA, 2013).
Nessa perspectiva, o uso de modelos se torna crucial, pois permite ao aluno pôr
em prática sua interpretação e criticidade acerca do conteúdo proposto (RAMOS;
SANTOS; LABURÚ, 2017).
Para Moreira (2014), o uso da modelagem no ensino de CN tem tornado os
educandos mais participativos, contribuindo para a geração de novos
conhecimentos. Ferreira e Justi (2005) afirmam que estudos mostram que o
envolvimento dos alunos em atividades de construção e reformulação de modelos
favorece o desenvolvimento de um conhecimento flexível e crítico que pode ser
aplicado em diferentes situações e problemas. Para Mattei (2012), as habilidades
adquiridas durante a prática da modelagem devem ser conhecidas e desenvolvidas
em sala de aula, almejando o sucesso do processo de ensino e aprendizagem,
desse modo resultando em uma excelente alternativa de ensino para os alunos.
A modelagem representacional é considerada a essência das teorias
pedagógicas para melhor representação do que se quer ensinar (DUSO, 2013).
Fernandes e Megid Neto (2012) classificam os modelos como uma representação
parcial de um objeto, evento, processo ou ideia, produzidos com objetivos
específicos de facilitar a visualização, possibilitar a elaboração de explicações e
previsões sobre comportamentos e propriedades do sistema modelado. Então, é
importante a inserção dos estudantes na elaboração dos modelos, pois permite
observar e explorar os conceitos por meio da criação dos seus objetos de estudos
para desenvolverem conhecimentos mais flexíveis e abrangentes.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
O ensino de Ciências da Natureza nas séries iniciais do Município de Salvaterra,
Ilha de Marajó-PA
O município de Salvaterra se localiza na Ilha de Marajó e em 2015 teve 4.205
alunos matriculados no EF, em neste ano apresentou Índice da Educação Básica
(IDEB) com nota 4,7, estando acima da média para a região de integração do
Marajó (3,7) e do estado do Pará (4,5). Entretanto, não alcançou a nota 6
estabelecida pelo Ministério da Educação (Quadro 3).
Quadro 3 - IDEB - anos iniciais do EF
Localidade
2005
2007
2009
2011
2013
2015
Brasil
3,8
4,2
4,6
5
5,2
5,5
Norte
3
3,4
3,8
4,2
4,3
4,7
Pará
2,8
3,1
3,6
4,2
4
4,5
Salvaterra
2,8
2,9
3,4
3,4
3,4
4,7
Fonte: adaptado do INEP (2017).
A Secretaria Municipal de Educação (SEMED) do município de Salvaterra, em
2016, ofertou EF em 34 escolas no Espaço rural (Quadro 4) (INSTITUTO NACIONAL
DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS, 2017).
Quadro 4 - Estabelecimentos do EF em Salvaterra (urbana e rural)
Espaço
2014
2015
2016
Urbana
7
7
7
Rural
34
34
34
Total
41
41
41
Fonte: adaptado de Fundação Abrinq (2017).
O incentivo pelo Ensino das Ciências no município de Salvaterra ainda
apresenta carências, principalmente no âmbito da EB, conforme Gomes et al.
(2017) afirmam que a maioria das escolas públicas da localidade não possuem
recursos didáticos viáveis para desenvolverem as atividades inerentes ao ensino
das CN, principalmente quanto à infraestrutura de laboratórios. No entanto, é
válido destacar que a SEMED-Salvaterra e a Universidade do Estado do Pará (UEPA)
vem realizando parcerias para ofertar cursos de formação continuada para os
professores e também a realização de projetos em conjuntos, como em 2015,
quando foi realizada a primeira Feira de Ciências de Salvaterra (BARBOSA; SANTOS;
SOUZA, 2016), na perspectiva de elaborar projetos de pesquisas técnicas-
científicas que possam desenvolver e estimular nos alunos competências e
habilidades acerca das ciências e assim incentivar as escolas de EF a participarem
das Feiras de Ciências.
Ensino de Astronomia na Educação Básica
A Astronomia deu origem à física ao mostrar a bela simplicidade do
movimento das estrelas e dos planetas, além de ser o grande motor da Física nos
séculos passados, até o presente, contribuindo com grandes descobertas como
aquelas que mostram que: estrelas são feitas de átomos do mesmo tipo daqueles
na Terra, as leis da mecânica clássica de Newton não nasceram de experimentos
em laboratório, mas tinham por objetivo explicar as leis de Kepler, que descreviam
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
as órbitas dos planetas. No caso da relatividade de Einstein, os primeiros testes da
nova teoria foram a precessão da órbita de Mercúrio e o desvio da luz de estrelas
ao passar muito próximo ao Sol. O estudo dos raios cósmicos impulsionou a física
de partículas elementares, dentre outras descobertas importantes que foram
propulsoras do desenvolvimento da física (FEYNMAN, 2008; LÉPINE, 2005).
Neste contexto, há necessidade de ensinar este tema desde dos anos iniciais
do fundamental para despertar o interesse e entendimento de conceitos dos
fenômenos naturais importantes para a vida do aluno. O ensino de Astronomia é
incorporado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1999) e
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN+) (BRASIL, 2002) até
nos documentos mais recentes como a BNCC (BRASIL, 2018), onde este tema faz
parte da área do conhecimento Ciências da Natureza na unidade temática “Terra
e Universo” e busca-se:
A compreensão de características da Terra, do Sol, da Lua e de outros corpos
celestes suas dimensões, composição, localizações, movimentos e forças
que atuam entre eles. Ampliam-se experiências de observação do céu, do
planeta Terra, particularmente das zonas habitadas pelo ser humano e
demais seres vivos, bem como de observação dos principais fenômenos
celestes (BRASIL, 2018, p. 326).
Estudos realizados por Siemsen e Lorenzetti (2017a) mostram que as
pesquisas realizadas com enfoque em apresentar propostas didáticas ao ensino de
Astronomia estão concentradas no ensino médio, especificamente na disciplina de
Física, e os mesmos relatam a necessidade de ampliar os objetivos, público alvo e
problemas dos trabalhos no ensino de Astronomia, a fim de aprimorar a área de
pesquisa em questão, bem como seus reflexos na sala de aula.
Estudos anteriores mostram que o ensino de Astronomia na educação básica
tem como foco a sala de aula e, a maioria, voltada para observar o aprendizado
dos alunos, indicando uma preocupação maior com o desenvolvimento de
atividades para a melhoria do processo de aprendizagem destes (SIEMSEN;
LORENZETTI, 2017b).
Assim, este trabalho vem apresentar uma proposta didática para os
estudantes dos anos iniciais do EF, pois sabe-se que os mesmos se interessam com
facilidade pelas grandezas do universo, como dia e a noite, planetas, estrelas, fases
da lua, os eclipses, etc.
METODOLOGIA
O estudo foi desenvolvido em maio de 2017 em uma escola pública do
município de Salvaterra, Ilha de Marajó, estado do Pará. Foi feito um levantamento
da unidade temática “Terra e o Universo” e elaborada uma atividade de
intervenção pedagógica (DAMIANI et al., 2013) com o uso da modelagem
representacional. A elaboração dos modelos feita pelos alunos, é considerada um
método eficiente de aprendizagem e que proporciona a melhor compreensão dos
conteúdos teóricos (VINHOLI-JUNIOR; GOBARA, 2016), assim como em outros
trabalhos desenvolvidos por Justina e Ferla (2006), Justi (2006), Zierer e Assis
(2010), que abordam o envolvimento de discentes na realização das modelagens
didáticas utilizadas em sala de aula.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
Inicialmente, os estudantes foram instigados a relatar seu interesse em
estudar Ciências da natureza. Posteriormente, algumas questões norteadoras
foram elaboradas com relação à aula a ser ministrada, tais como: “Quais planetas
fazem parte de nosso sistema planetário e o que é o Sistema Solar?”.
Os dez alunos foram divididos igualmente em dois grupos para confecção dos
modelos que representassem a Terra e o Universo, com enfoque ao Sistema Solar.
Eles foram orientados a montar o modelo utilizando bolas de isopor e pin-los
com tinta guache. Os critérios para identificação dos planetas foram: cores dos
planetas, noções das dimensões e distância entre o Sol e os planetas entre si
(Figura 1). No decorrer da confecção e montagem do modelo fez-se uso de
explicações sobre o tema em questão. No final da intervenção, foi feita a
apresentação dos modelos produzidos pelas equipes para toda a turma, o que
levou a uma discussão mais detalhada do material elaborado, onde surgiram
dúvidas que foram esclarecidas neste momento.
Figura 1 Alunos participando da confecção dos modelos do sistema solar
Fonte: autoria própria (2017).
Para proceder à avaliação da intervenção pedagógica, foram utilizados os
seguintes instrumentos de coleta de dados: a) observações participantes do tipo
natural (OLIVEIRA, 2016), onde os pesquisadores interagiram com o contexto
pesquisado, ou seja, estabeleceu-se uma relação direta com o grupo pesquisado;
nesta fase as atividades realizadas com uso da modelagem foram registradas com
auxílio do diário de campo do pesquisador e gravações em vídeo; e b) Teste de
desempenho não paramétrico (COHEN; MANION; MORRISON, 2007) o qual
possibilitou aos pesquisadores obter respostas focadas no desempenho do aluno.
O teste foi adaptado do livro Projeto Buriti - Ciências (BAKRI, 2014). Assim, os
alunos responderam questões específicas relacionadas ao tema a Terra e o
Universo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste estudo se apresentam os resultados de uma intervenção didática
utilizando a modelagem no Ensino de Ciências.
Na elaboração dos modelos para representar o tema em questão, os alunos
se mostravam entusiasmados, participativos e interagiam com os demais (Figura
2a-b) e com os pesquisadores, além de apresentarem certa competividade e
habilidade de trabalho em equipe. Corroborando que a aula com a modelagem
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
possibilita a assimilação dos conteúdos, rompendo com paradigmas do ensino
usual que ainda se perpetua nas escolas. O aluno estabelece uma visão mais ampla
do que é Educação e busca compreender sua influência no meio social.
Figura 2a-b Participação dos alunos na atividade desenvolvida
Fonte: autoria própria (2017).
Gomes et al. (2016) relatam que trabalhar com a modelagem representacional
na disciplina de ciências na turma do ano proporcionou aulas mais
participativas, nas quais os estudantes expressam maior interesse em aprender.
Para Ramos, Santos e Laburú (2017), as atividades com caráter lúdico deixam as
aulas mais dinâmicas e mais interação entre aluno-aluno e aluno-professor, o
que pode auxiliar na aprendizagem dos conteúdos.
Os dados obtidos por meio da aplicação do teste mostram o percentual de
desempenho dos alunos bastante satisfatório. Quando perguntados: Qual astro é
usado para representar o período da noite? 90% deles responderam de maneira
correta que é a Lua. E quando questionados sobre: Que corpos que giram no
espaço? 80% acertaram a resposta. Outra pergunta questionou sobre: Quantos
planetas são maiores que a Terra? E 85% dos alunos acertaram a resposta. De
maneira geral pode-se dizer que eles obtiveram resultados com mais de 80% de
acertos das questões propostas.
Para Soares (2010), o uso de modelos proporciona ao aluno a participação
ativa na aprendizagem, uma vez que a aula não está centrada no professor, mas o
mesmo tem a responsabilidade de promover situações que facilitem o processo
ensino e aprendizagem.
Diante disso, Silva et al. (2017) afirmam que desenvolver prática lúdica é uma
estratégia essencial na exploração dos conteúdos de Ciências, levando à
estimulação do pensamento do aluno. Sendo assim, percebe-se que somente na
aula teórica o educando não consegue desenvolver seu raciocínio lógico com
facilidade, mostrando pouca motivação, interesse e participação.
Diante desta situação cabe ao professor elaborar estratégias metodológicas
que favoreçam maior interatividade entre os objetos de estudo e os alunos, assim
como entre aluno-aluno e aluno-professor. Segundo Silva e Zanon (2000), quando
o professor considera a Ciência com uma visão de que é algo verdadeiro, definitivo,
certo, ele vai passar para o discente esta mesma visão. Deste modo, torna-se
importante que o professor possa desenvolver formas de conduzir as aulas a fim
de superar essas visões. Entretanto, Semensate e Cedran (2017) ressaltam que se
faz necessário uma avaliação dos métodos adotados pelo professor em suas aulas,
os quais serão capazes de entender e transmitir o que lhes foi ensinado.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
Uma das questões da atividade de verificação de aprendizagem instigava o
aluno para desenhar o atual Sistema Solar (Figura 3) e verifica-se uma resposta
correta levando em consideração as características dos planetas discutidas
durante as confecções dos modelos, demonstrando que esta estratégia didática
proporciona aos alunos maior contato com o tema, facilitando a convivência dos
alunos com o assunto abordado e fazendo com que possam assimilar mais o
conteúdo.
Figura 3 Resposta de alunos sobre o desenho do sistema solar
Fonte: autoria própria (2017).
Estas inciativas mostram que não são necessários laboratórios sofisticados,
assim como materiais de alto custo para montagem de aulas práticas, pois o que
se requer dos professores é uma metodologia mais adaptada à realidade dos
alunos para que suas aulas sejam prazerosas e façam com que eles possam ter
melhore rendimento.
Com esta pesquisa, conseguiu-se observar que, para o público dos anos
iniciais, as aulas práticas funcionam como ótima ferramenta para despertar o
interesse dos alunos em aprender. Uma aula expositiva, na qual o professor explica
verbalmente e utiliza o quadro, às vezes, torna-se desanimadora para os
educandos. Propor aulas práticas gerou curiosidade e um sentimento de satisfação
nos mesmos. Assim mostrou-se que a pesquisa com as aulas práticas não precisa
necessariamente contemplar experimentos no laboratório, mas muita vontade de
ensinar e se preocupar com a aprendizagem e o futuro desses alunos.
As atividades práticas ainda são consideradas barreiras por alguns professores
(SEMENSATE; CEDRAN, 2017). Entretanto, se o professor valoriza as atividades
práticas e acredita que elas são determinantes para a aprendizagem de Ciências
da Natureza, possivelmente buscará meios de desenvolvê-las e aperfeiçoar as
técnicas de ensino para superar qualquer obstáculo. Essas atividades com a
modelagem dão oportunidades aos discentes, o que não ocorre com as aulas
teóricas, sendo que é um compromisso do professor e, também, da escola dar
oportunidades para a formação do aluno.
Atualmente torna-se evidente a necessidade de uma formação crítica e
qualificada que faça com que o professor reflita sobre o papel da experimentação.
A aproximação entre aluno e professor se torna mais afetiva e também desafia os
professores a repensarem em suas práticas pedagógicas. Portanto, cabe ao
professor criar alternativas para mudar sua metodologia de ensino.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
Com isso, se ressalta que o desenvolvimento e a transformação do mundo só
serão possíveis quando os educadores tiverem consciência de seu papel na
sociedade e da importância de valorizar o aluno como um todo.
Diante disso, entende-se que os estudantes do EF têm certas dificuldades em
aprender ciências da natureza e um dos principais motivos que levam a este
problema é a metodologia utilizada pelo professor ao abordar os conteúdos em
sala de aula. Duso et al. (2013) ressaltam que a forma como a informação chega
ao aluno influencia diretamente em sua aprendizagem. Logo, a modelagem vem a
contribuir na sua aprendizagem, instigando-o a desenvolver novos conhecimentos,
servindo-se de trabalhos práticos, levando os docentes ao interesse e à curiosidade
científica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na região onde a pesquisa foi realizada ainda é frequente o uso de aulas
expositivas e existem vários fatores relacionados a este fato relatados em outras
pesquisas envolvendo a EB do município de Salvaterra (BARBOSA; SANTOS; SOUZA,
2016; GOMES et al., 2016 e 2017). No entanto, destaca-se que a falta de adesão
aos novos métodos de ensino deve-se à falta da formação inicial e continuada dos
professores. A grande maioria ainda ministra aula com a formação de magistério.
Para suprir esta demanda social, a UEPA vem ofertando graduações no programa
de Formação de Professores da Educação Básica-PARFOR. Este trabalho é
resultado do exercício da prática profissional de graduandos do curso de Pedagogia
deste programa e, em paralelo, vem realizando edições anuais da semana
científica de Salvaterra com cursos de extensão voltados à formação continuada
de professores.
Para uma educação de qualidade não basta oferecer apenas a escolarização,
é necessário que os professores em conjunto com o corpo escolar desenvolvam
novos métodos de ensino que atendam às necessidades da formação do estudante
como ser social. Diante desta perspectiva, considera-se indispensável que os
conteúdos sejam abordados com auxílio de recursos didáticos, os quais são
fundamentais para o ensino e aprendizagem, assim, dando ênfase às aulas práticas
com o uso da modelagem em todas as disciplinas que fazem parte da grade
curricular do aluno.
Destaca-se que as atividades desenvolvidas neste trabalho proporcionaram
novas visões para os alunos a respeito das Ciências da Natureza, as quais
facilitaram a aprendizagem por meio da prática lúdica. Dessa forma, conseguiu-se
promover competências esperadas de conhecimentos e colaborar de forma
concisa em um novo olhar de motivação e uma visão diferenciada desta área do
conhecimento.
Portanto, aulas por meio da modelagem no ensino de Ciências da Natureza
tiveram como efeito um aprendizado mais eficiente, motivando a participação dos
educandos e permitindo a conexão entre a prática e teoria.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
Didactic strategy: using modelling to
facilitate teaching and learning of the topic
of the Earth and Universe
ABSTRACT
In this study we sought to evaluate the impact of an integrative activity, using modeling in
the Teaching of Sciences for learning of the thematic unit Earth and Universe. The research
consists of a pedagogical intervention and was carried out with students of the 5th year of
the municipal/public schools of Salvaterra/PA, where the students participated in one class,
using the modeling as a didactic strategy. For the data collection, were used the participant
observation and a test applied at the end of the intervention. As an effect of this activity
were observed creativity, imagination, enthusiasm, group participation and active
interactions of the students, during the making of the models to represent the subject in
question; it was also observed the appropriate internalisation of content, expressed by the
results of the test that showed percentage of performance with more than 80% of correct
answers to the questions proposed. Thus, it is emphasized that this intervention offered
opportunities for students to engage in class and led to the assimilation of the studied
concepts, improving class teaching-learning process and providing a more attractive and
efficient education.
KEYWORDS: Teaching-learning Process. Earth and Universe. Modelling Learning. Science
Education.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa FAPESPA,
pelo apoio financeiro por intermédio da cooperação técnica e financeira
002/2016 (IOEPA Nº 33.280, 28/12/2016).
REFERÊNCIAS
BAKRI, M. S. Projeto Buriti: Ciências. 3. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2014.
154 p.
BARBOSA, A. N. C.; SANTOS, R. H. A.; SOUZA, R. F. I feira de ciências da cidade de
Salvaterra (Pará): um exemplo de educação não formal em ciências naturais.
Scientia Plena, São Paulo, v. 12, n. 06, 2016. Disponível em:
<https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/3065>. Acesso em: 14 nov.
2017.
BELOTTI, S. H. A.; FARIA, M. A. DE. Relação professor/aluno. Revista Eletrônica
Saberes da Educação, São Roque v. 1, n. 1, 2010, p. 1-12. Disponível em:
<http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes/pdfs/salua.pdf>. Acesso em: 01
jun. de 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional
comum curricular - Educação é a base. Brasília, DF, 2018. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/04/BNCC_19mar2018_versaofinal.pdf>. Acesso em: 01
jun. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI,
2013. 562p. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-
pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-pdf/file>. Acesso em: 07 jun. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Média e
Tecnologia. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências da natureza,
matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação e Tecnologia
(SEMTEC). PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da natureza, matemática e suas
tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf> Acesso em:
07 jun. 2018.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
COHEN, L.; MANION, L.; MORRISON, K. Research methods in education. 6. ed.
Oxon: Routledge, 2007. 657 p. Disponível em:
<http://cw.routledge.com/textbooks/9780415368780/default.asp>. Acesso em:
04 jun. 2018.
COSTA, G. R.; BATISTA, K. M. A Importância das Atividades Práticas nas Aulas de
Ciências nas Turmas do Ensino Fundamental. Revista de Educação do Vale do
São Francisco, v. 7, n. 12, 2017, p. 06-20. Disponível em:
<http://periodicos2.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/976/645>.
Acesso em: 02 jun. 2018.
DAMIANI, M. F.; ROCHEFORT, R. S.; CASTRO, R. F.; DARIZ, M. R.; PINHEIRO, S. N.
S. Discutindo pesquisas do tipo intervenção pedagógica. Cadernos de Educação.
(UFPel), v.45, 2013, p. 57‐67. Disponível em:
<https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/view/3822>.
Acesso em: 04 jun. 2018.
DUSO, L. Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino. UNICAMP.
Campinas: Unicamp, 2012. 432 p.
DUSO, L.; CLEMENT, L.; PEREIRA, P. B.; FILHO, J. P. A. F. Modelização: uma
possibilidade didática no ensino de biologia. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v.
15, n. 2, 2013, p. 29-44. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-
21172013000200029&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 27 nov. 2017.
FERNANDES, R. C. A.; MEGID NETO, J. Modelos educacionais em 30 pesquisas
sobre práticas pedagógicas no Ensino de Ciências nos anos iniciais da
escolarização. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 17, n. 3,
2012, p. 641662. Disponível em:
<https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/175>. Acesso em:
27 nov. 2017.
FERREIRA, M. F. P.; JUSTI, R. S. Atividades de construção de modelos e ações
envolvidas. In: V Encontro Nacional de Pesquisa Em Educação Em Ciências, São
Paulo, n. 5, 2005, p. 01-12. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/267788044_ATIVIDADES_DE_CONST
RUCAO_DE_MODELOS_E_ACOES_ENVOLVIDAS_MODELLING_ACTIVITIES_AND_R
ELATED_ACTIONS>. Acesso em: 27 nov. 2017.
FUNDAÇÃO ABRINQ. Ensino Fundamental. 2017. Disponível em:
<https://observatoriocrianca.org.br/cenario-infancia/temas/ensino-
fundamental>. Acesso em: 2 dez. 2017.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
FEYNMAN, R. P.; LEIGHTON, R. B.; SANDS, M. Lições de Física de Feynman.
Tradução de Adriana Válio Roque da Silva et al. Porto Alegre: Bookman, 2008.
GOMES, P. W. P.; MODESTO, J. E. S.; GOMES, P. W. P.; SOUZA, R.F. O uso de um
laboratório portátil com materiais reciclados nas aulas práticas de Ciências
Naturais. ARETÉ, Manaus, v. 10, 2017, p. 74-83. Disponível em:
<http://periodicos.uea.edu.br/index.php/arete/article/view/632>. Acesso em: 2
dez. 2017.
GOMES, P. W. P.; MODESTO, J. S.; GOMES, P. W. P.; SOUZA, R. F.; MARTINS-
JUNIOR, A. S. O uso da modelagem representacional do sistema digestório e
respiratório no ensino de ciências como ferramenta pedagógica: perspectiva para
uma aprendizagem significativa no ensino fundamental. Scientia Plena, São
Paulo, v. 12, n. 6, 2016. Disponível em:
<https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/3095>. Acesso em: 27 nov.
2017.
GUIMARÃES, S. É. R.; BORUCHOVITCH, E. O Estilo Motivacional do Professor e a
Motivação Intrínseca dos estudantes: Uma Perspectiva da Teoria da
Autodeterminação. Psicologia Reflexão e Crítica, Rio Grande do Sul, v. 17, n. 2,
2004, p. 143-150. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
79722004000200002&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 27 nov. 2017.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS, INEP. Índice de
desenvolvimento da Educação Básica. 2017. Disponível em:
<http://ideb.inep.gov.br/resultado/home.seam?cid=3324595>. Acesso em: 16 de
nov. 2017.
JUSTI, R. La enseñanza de ciencias basada en la elaboración de modelos.
Enseñanza de las Ciencias, v. 24, n. 2, 2006, p. 173-184. Disponível
em:<http://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/75824>. Acesso
em: 2 dez. 2017.
JUSTINA, L. A. D.; FERLA, M. R. A utilização de modelos didáticos no ensino de
Genética - exemplo de representação de compactação do DNA eucarioto.
Arquivos do Mudi, Maringá, v. 10, n. 2, 2006, p. 35-40. Disponível em:
<http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/19993/10846>.
Acesso em: 27 nov. 2017.
LÉPINE, J. Perspectivas na área de Astronomia. In: Marques, G. C. Física:
tendência e perspectivas. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
MATTEI, F. A modelagem como ferramenta para a construção de
conhecimentos matemáticos. 2012. 99f. Dissertação (Mestrado em Ensino de
Ciências Exatas) - Universidade do Vale do Taquari, Lajeado, 2012. Disponível em:
<https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/272/1/FabianaMattei.pdf>.
Acesso em: 18 dez. 2017.
BRASIL, Ministério da Educação, MEC. Novo Ensino Médio. 2017. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=40361>. Acesso em: 1
dez. 2017.
MOREIRA, M. A. Modelos científicos, modelos mentais, modelagem
computacional e modelagem matemática: aspectos epistemológicos e
implicações para o ensino. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia,
Curitiba, v. 7, n. 2, 2014. Disponível em:
<https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/2037>. Acesso em: 27 nov.
2017.
OLIVEIRA, M. M. Como fazer pesquisa qualitativa. 7 ed. Petrópolis: Vozes, 2016.
81 p.
RAMOS, E. S.; SANTOS, F. A. C.; LABURÚ, C. E. O uso da ludicidade como
ferramenta para o Ensino de Química Orgânica: o que pensam os alunos. ACTIO,
Curitiba, v. 2, n. 1, jan./jul. 2017, p. 119-136. Disponível em:
<https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/6810/4449>. Acesso em: 27
nov. 2017.
SIEMSEN, G. H.; LORENZETTI, L. A pesquisa em Ensino de Astronomia: analisando
a produção acadêmica brasileira. In: O ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM
EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 2017, Florianópolis. Anais do XI ENPEC. Rio de Janeiro:
Abrapec, 2017a. v. 1. p. 1-10.
SIEMSEN, G. H.; LORENZETTI, L. A Pesquisa em Ensino de Astronomia para o
Ensino Médio. ACTIO, Curitiba, v. 2, n. 3, 2017b, p. 185-207. Disponível em:
<https://periodicos.utfpr.edu.br/actio>. Acesso em: 07 jun. 2018.
SEMENSATE, A. P.; CEDRAN, D. P. Discursos de professores de Ciências sobre suas
práticas educativas: as aulas de Química nos anos finais do Ensino Fundamental.
ACTIO, Curitiba, v. 2, n. 2, 2017, p. 43-60. Disponível em:
<https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/6819/4435>. Acesso em: 27
nov. 2017.
SILVA, G. S. A abordagem do modelo atômico de Bohr através de atividades
experimentais e de modelagem. 2013. Dissertação (Mestrado em Educação em
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
Ciências) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria. 2013. Disponível
em: <http://repositorio.ufsm.br/handle/1/6671>. Acesso em: 01 jun. 2018.
SILVA, E. F.; SOUSA, G. L. dos S.; NEVES JUNIOR, W.; TESTA, G, PIMENTEL, T. C.
Utilização do lúdico por meio de dominó para a aprendizagem de alcanos por
alunos de Curso Técnico em Química. ACTIO, Curitiba, v. 2, n. 1, 2017, p. 342-358.
Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/6778/4370>.
Acesso em: 27 nov. 2017.
SILVA, L. H. A.; ZANON, L. B. A experimentação no ensino de ciências. In:
SCHNETZLER, R. P.; ARAGÃO, R. M. R. (Orgs.). Ensino de Ciências: fundamentos e
abordagens. Piracicaba: CAPES/UNIMEP, 2000.
SOARES, M. C. Uma Proposta de Trabalho Interdisciplinar Empregando os Temas
Geradores Alimentação e Obesidade. 2010. 75f. Dissertação (Mestrado em
Educação em Ciências) Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,
2010. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/tede/tde_arquivos/35/TDE-2010-
05-28T144656Z-2653/Publico/SOARES,%20MAX%20CASTELHANO.pdf>. Acesso
em: 27 nov. 2017.
VINHOLI-JÚNIOR, A. J.; GOBARA, S. T. Ensino em modelos como instrumento
facilitador da aprendizagem em Biologia Celular. Revista Electrónica de
Enseñanza de las Ciencias, v. 15, n. 3, 2016, p. 450-475. Disponível em:
<https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5657316>. Acesso em: 2 dez.
2017.
ZAPATEIRO, G. A.; FIGUEIREDO, M. C.; BELTRAME, A. C. F.; STEVANATO, A.
Material didático como estratégia de ensino e de aprendizagem das ligações
químicas. ACTIO, Curitiba, v. 2, n. 2, 2017, p. 211-233. Disponível em:
<https://revistas.utfpr.edu.br/actio/article/view/6862>. Acesso em: 2 dez. 2017.
ZIERER, M.; ASSIS, R. C. A construção de modelos como estratégia para um ensino
mais criativo na disciplina de bioquímica e biologia molecular. Diálogos & Ciência,
Salvador, v. 8, n. 24, 2010, p. 1-15. Disponível em:
<://www.bioquimica.org.br/revista/ojs/index.php/REB/article/view/691>. Acesso
em: 01 jun. 2018.
ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 26-42, mai./ago. 2018.
Recebido: 24 dez. 2017
Aprovado: 10 set. 2018
DOI: 10.3895/actio.v3n3.7565
Como citar:
AMADOR, N. L.; TRINDADE, R. J.; GOMES, P. W. P.; RAMOS, E. Z.; SOUZA, R. F. Estratégia didática:
utilizando a modelagem para facilitar o ensino e aprendizagem da temática Terra e Universo. ACTIO,
Curitiba, v. 3, n. 3, p. 26-42, set./dez. 2018. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/actio>. Acesso
em: XXX
Correspondência:
Ronilson Freitas de Souza
Campus XIX/UEPA, PA 154, Km 28, Cajú, Salvaterra, Pará, Brasil.
Direito autoral: Este artigo está licenciado sob os termos da Licença Creative Commons-Atribuição 4.0
Internacional.