ACTIO, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 43-64, mai./ago. 2018.
têm por intenção o desenvolvimento do raciocínio, da reflexão, do pensamento e,
em consequência, da aprendizagem significativa.
Outra estratégia apontada na literatura como metodologia eficiente é a
experimentação. Para Costa e Zorzi (2008), ela proporciona ao aluno a aquisição
de conhecimentos significativos. Eles defendem também que estratégias
investigativas de ensino permitem que o aluno desenvolva a leitura, a capacidade
de pesquisa e a reflexão e, assim, seja um sujeito ativo da sua aprendizagem.
Por fim, segundo Cazzaro (1999), o conteúdo de estequiometria é pouco
trabalhado de forma prática no ensino médio, devido à dificuldade de acesso aos
materiais necessários, como por exemplo, uma balança analítica. É, indispensável
lembrar, que a definição da metodologia que será utilizada deve levar em
consideração quais objetivos, competências e habilidades, pretende-se
desenvolver nos alunos. Por último, vale salientar que, em meio a tantas
metodologias de ensino disponíveis, cabe ao professor buscar e identificar aquelas
que facilitem a construção dos conhecimentos dos discentes.
OBJETOS DE APRENDIZAGEM
Tendo em vista que a escola do século XXI atende um público composto por
estudantes que vivem na era digital, que desde muito cedo convivem e utilizam as
tecnologias (RIBEIRO et al., 2016), motivamo-nos a estudar os objetos de
aprendizagem que tratam do conteúdo de estequiometria, como alternativa de
metodologia de ensino. Entendemos que esta ferramenta, além de reunir as
características das outras metodologias alternativas ditas como facilitadoras da
aprendizagem, traz a atratividade como um ponto a mais a ser considerado, por
utilizar ferramentas (computador e internet) que diariamente os alunos estão em
contato. Ribeiro e Greca (2003) defendem que o uso das tecnologias no ensino de
Química apresenta diversas vantagens, dentre elas, a facilidade de concretização
de conceitos abstratos e a visualização de processos, facilitando assim, a
aprendizagem dos conteúdos químicos.
O termo objeto de aprendizagem possui diferentes definições. Para Wiley
(2000), os objetos de aprendizagem são componentes instrucionais que podem ser
reutilizados em diferentes contextos de atividades. Já, Reis e Faria (2003)
acreditam que eles dão suporte aos alunos no processo de ensino aprendizagem
porque permitem que estes aprimorem o conteúdo visto em sala de aula. Para
Tarouco, Fabre e Tamusiunas (2003), são recursos que complementam o processo
de aprendizagem e podem ser reutilizados. Por sua vez, Muzio, Heins e Mundell
(2001, apud CIRINO; SOUZA, 2009, p.2) afirmam que “os objetos de aprendizagem
são objetos de comunicação designado e/ou utilizado para propósitos
instrucionais”. Por fim, para Santarosa et al. (2010, p. 276), os objetos de
aprendizagem são “recursos formados por um conteúdo didático, como vídeos,
animações, textos, locuções ou imagens, ou seja, é sempre uma unidade que,
agrega à outra, forma novos projetos”.
É conveniente dizer que no “âmbito educacional as definições sobre os objetos
de aprendizagem focam o comportamento da aprendizagem” (MONTEIRO et al.,
2006, p. 391). Logo, a característica principal de um objeto de aprendizagem deve
ser sua utilização didático-pedagógica dentro do processo de aprendizagem.